domingo, 20 de junho de 2010

Mesmo aqueles que vivem a sorrir...Têm seus dias de lágrimas


Seja por dor, emoção, desilusão ou qualquer outro motivo, todos temos nossos momentos de lágrimas. O mais engraçado é que, quando a maioria das pessoas chega pra consolar, a primeira coisa que nos dizem é pra não chorar, mas não sabem nem o porquê das lágrimas.
Acredito que seja o transbordar de sentimentos reprimidos acumulados. Às vezes anos, às vezes meses, ou apenas frações de segundos tentando segurar aquilo que implora pra jorrar de nossos olhos, ou apenas escorrer sutilmente pelos cantos. É uma sensação única, e acredito que seja diferente a cada um de nós também. Muitas vezes passa despercebida aos olhos de quem nos cerca, outras vezes é tão sonora que comove todos à nossa volta. E como explicar esse manifestar dos sentimentos? Por algum lugar tem que sair. O curioso é que sai pelos olhos, que é também por onde muita das coisas entram e ficam armazenadas dentro de cada um, fazendo a soma às coisas que entram pelos ouvidos também.
Respeito e admiro esse momento em que nós todos, sem distinção de cor ou raça, verdadeiramente retornamos à nossa forma humana.
O rico pode chorar por almejar aquilo que o dinheiro não compra e o pobre tem. O pobre pode chorar por não ter o que comer ou vestir, ou por almejar e não ter dinheiro pra comprar. E, apesar de pertencerem a classes diferentes, também choram de alegria, o que faz com que venhamos a pensar no quanto somos contraditórios.
Seja rico ou seja pobre, as lágrimas chegam causando sempre pra todos.
Chore quando sentir vontade, não importando o que esteja a sua volta. Chore calado, chore contente, chore mostrando os dentes. Apenas chore e compartilhe a dádiva de ser humano, mesmo que dure por tão pouco tempo, mesmo que não sinta o que eu sinto. Sinta!

Mayara Dias

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Ser ou não ser... Um ser primata?

"O que me impressiona, à vista de um macaco, não é que ele tenha sido nosso passado: é este pressentimento de que ele venha a ser nosso futuro."


Em poucas palavras, Mario Quintana conseguiu exprimir muito conteúdo.
Passamos tanto tempo questionando nossa origem - de onde surgimos, qual era o nosso ser primário? Coisas desse tipo - que esquecemos de nos preocupar com o que vem depois. Suponhamos que venha a haver uma "outra evolução", o que vai surgir de seres como nós?
Os macacos têm a justificativa de serem seres irracionais e blá blá blá...E nós, seres desenvolvidos, que nos julgamos superiores a outras espécies?
Difícil é admitir que não somos nada comparados à imensidão de possibilidades que nos cerca. E ainda, pior do que isso, é não nos preocuparmos com nossas atitudes que virão a repercutir em outras vidas, futuramente, ou até em nossas próprias vidas mesmo.
Tentar amenizar essa situação não é, simplesmente, separar o lixo reciclável uma vez por semana, atravessar uma velhinha na rua, ou apagar o cigarro do amigo para retardar o aquecimento global, adotar um cachorro na Suipa ou sei lá o quê. É fazer disso algo natural, que NÃO siga uma lei de "bons modos", mas que venha a somar em nossas vidas e nos tornar seres verdadeiramente desenvolvidos ao ponto de atingirmos esse nível.

Mayara Dias